"Paulo Portas em Moçambique para desbloquear impasse na HCB . Quinta, 07 Julho 2011 00:00 . Diplomata visita o país pela primeira vez desde que é MNE.Os 15% que Portugal detém na HCB deveriam ter sido alienados até ao final de 2010. Divergências “consideráveis” sobre o preço de venda separam interesses nacionais e português.O ministro dos Negócios Estrangeiros do novo governo português de coligação PSD/CDS-PP, Paulo Portas, prevê efectuar uma visita a Moçambique, este mês, avança a Agência de Informação de Moçambique (AIM). É a primeira vez que Portas visita Moçambique, desde que assumiu as funções de chefe da diplomacia portuguesa.
A deslocação de Paulo Portas a Moçambique ainda não foi anunciada oficialmente, esperando-se que venha a ocorrer nos próximos dias.Durante a permanência de Paulo Portas em Moçambique, espera-se que as duas partes reactivem discussões de matérias pendentes. O negócio da alienação de 15 por cento das acções detidas pelo Estado português na Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) é um dos temas.A posição do Estado português devia ser canalizada em partes iguais para duas empresas: uma portuguesa e outra moçambicana, mas a venda da participação portuguesa na HCB está bloqueada por divergências “consideráveis” na avaliação deste activo, segundo avançou o jornal português Diário Económico, junto de fonte próxima do processo. Os 15% que o Estado português ainda tem - através da participação pública - deveriam ter sido alienados até ao final de 2010. No entanto, o prazo para finalizar o negócio será adiado por mais seis meses.A realização da primeira cimeira ficou em “banho-maria” por causa da demissão do governo do PS, liderado por José Sócrates, na sequência da crise política que eclodiu em Portugal e que levou à realização de eleições legislativas antecipadas, a 5 de Junho último, ganhas pelos partidos de direita (PSD e CDS-PP).Refira-se que José Sócrates e Luís Amado, o último então ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, deram um novo impulso às relações bilaterais entre Moçambique e Portugal. Graças ao novo clima de entendimento político e diplomático, o Presidente Armando Guebuza efectuou uma visita oficial a Portugal em Abril de 2010, depois das visitas a Moçambique do antigo primeiro-ministro, José Sócrates, em Março do mesmo ano, e do Presidente português, Aníbal Cavaco Silva, em 2008.Sobre a venda das acções que Portugal ainda detém na HCB, o governo moçambicano defende que o negócio deve ser na base do acordo já existente e rubricado entre os dois países em Março do ano passado. O acordo prevê que 7,5 por cento das acções que Portugal ainda detém no empreendimento sejam transferidos para a empresa moçambicana Companhia Eléctrica do Zambeze, devendo a parte igual remanescente ser confiada a Redes Energéticas Nacionais de Portugal (REN), para posterior venda a empresas portuguesas. Concluído o negócio, Moçambique passará a deter 92,5 por cento das acções da HCB." Fonte O PAIS.
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