"GAZA - Chókwè relança cultura de batata-reno. DEPOIS de vários anos de incerteza e de muita expectativa, o distrito do Chókwè, reatou, na presente temporada agrícola, a produção de batata-reno, estando já no mercado os primeiros resultados de uma previsão inicial de colheita de pouco mais de quatro mil toneladas.Maputo, Segunda-Feira, 25 de Julho de 2011:: Notícias A cultura, segundo Alberto Libombo, administrador distrital, surge no quadro dos esforços do Executivo visando a redução da dependência externa na aquisição daquele produto para o consumo das populações locais, e não só.Para o efeito, as autoridades governamentais colocaram à disposição dos agricultores 150 toneladas de semente, enquanto o sector privado disponibilizava, na mesma perspectiva, pouco mais de 50 toneladas para o circuito habitual de comercialização em diversos estabelecimentos especializados para o efeito.O interesse para a realização desta cultura cresceu de tal forma que, este ano, levou à participação de um total de 64 agricultores, o que equivale aproximadamente o dobro do efectivo de produtores registados na última safra.Regiões agrícolas como Machua, Macarretane e Chókwè, apenas para citar alguns exemplos, participam, este ano, no cultivo deste tubérculo e já estão, parte destes, a colocar a sua produção para a comercialização, não só nos diversos pontos de Gaza, como no grande mercado grossista do Zimpeto, na capital do país.“Devo assegurar que o entusiasmo é enorme e acreditamos ter sido dado, desta forma, o arranque seguro para que aquilo que venha a ser o relançamento da produção de batata-reno em grande escala, quem sabe, até para invertermos os termos e passarmos a exportar este tubérculo para os países vizinhos, incluindo o competitivo e exigente mercado da África do Sul. A nossa esperança, nesse sentido, surge pelo facto de a nossa batata ser de uma qualidade inquestionável e, claramente, mais preferida que a batata importada”, disse o administrador distrital de Chókwè.
As excelentes condições agroecológicas que caracterizam o Chókwè são uma outra mais valia que coloca a região, como sendo um pólo preferencial e estratégico para se potenciar a produção de batata-reno em grande escala.Outra vantagem reside na diferença de preços actualmente praticados entre a batata local e a importada, uma vez que os produtores do Chókwè estão a colocar junto ao consumidor pelo preço máximo de 15 meticais o quilo, contra os cerca de 20, da batata importada.Por outro lado, resultados encorajadores são igualmente esperados na produção de hortícolas diversas, com destaque para o tomate, repolho, a couve e beterraba que já estão a competir, por estas alturas, em vários mercados da região sul do país.“Com a ocorrência de baixas temperaturas, acompanhadas de chuvas nos últimos dias, ficou-se com a sensação de que as hortícolas seriam negativamente afectadas o que, felizmente, não se verificou e as culturas apresentam um excelente aspecto vegetativo, o que pode ser testemunhado pelo produto apresentado na comercialização pelos nossos agricultores”, disse Libombo.Com a recente intervenção das máquinas para a limpeza do canal principal do regadio do Chókwè, uma acção levada a cabo pela HICEP, entidade gestora daquela infra-estrutura de rega, ficou resolvido o crónico problema de alagamento dos campos que se vinha verificando nos últimos tempos, na sequência das intensas chuvas ocorridas entre Dezembro de 2010 e Fevereiro do ano em curso, estando assim criadas facilidades para um melhor desempenho dos agricultores. Virgílio Bambo. " Fonte Jornal NOTICIAS.
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