"Mussemuco: Terra da ostra e mel onde os caranguejos engordam. CONHECIDA pela fama do seu mel, da sua ostra que apenas tem comparação com a de Mocímboa da Praia e, agora, por causa do seu caranguejo gordo, a aldeia de Messumuco vestiu-se de cor para receber, semana finda, uma equipa de ambientalistas, para avaliar o desenvolvimento destas e de outras actividades encabeçadas pela Associação do Meio Ambiente(AMA) de Cabo Delgado.Maputo, Sábado, 19 de Março de 2011:: Notícias . Foram cerca de 45 minutos, partindo da sede distrital do Ibo, tempo suficiente para chegar a minúscula aldeia, a única parte continental do distrito, transportados numa embarcação da AMA, num dia em que o mar não estava para facilitar a vida do grupo, pois cedo o mau tempo se havia encarregado de avisar dado que o mar estava cavado a grosso e sobretudo muito violento, que deixou toda a gente com algum défice de coragem. É um aglomerado populacional, com 375 habitantes, fundada por pessoas provenientes das ilhas do Arquipélago das Quirimbas, para a prática da agricultura de maneira sustentável, servidos por um poço de água, uma escola primária do primeiro grau, com 79 alunos, assistidos por três professores, que por escala, uma vez por mês, se devem deslocar a sede do distrito, Ibo, onde conseguem uma credêncial com que vão a Pemba, levantar os seus salários, desde que se instituiu o pagamento via banco.Engraçado é, porém, o facto de na capital provincial, o dinheiro ser levantado por um gestor da Direcção de tutela, que detem os códigos dos cartões bancários dos professores de Mussemuco, e não só, de tal jeito que o professor Cheia Anli Somar, que nos atendeu em primeira instância, disse não ver nenhuma diferença entre esta e a modalidade que vigorava antes."Não há diferença, ter cartão em que alguém tem o seu código, não me parece diferente de serem eles a dar o dinheiro físico, como fazíamos anteriormente, mas agora a chatice é essa de ter que ir todos os meses à Pemba, à nossas expensas, abandonando a escola, havendo até vezes em que gente chega lá e encontra aqueles problemas de rede do sistema. Aí somos obrigados a ficar mais dias, deixando os alunos sozinhos" explicou Somar.É sob todas estas vicissutudes que a Escola Primária de Mussemuco funciona, neste ano lectivo com 26 alunos da primeira classe, 21 na segunda, 17 na terceira, 7 na quarta e 8 na quinta classes, perfazendo assim um total de 79, dos quais 38 são do sexo feminino.
Mas Mussemuco é basicamente uma aldeia de pescadores, que saiu do anonimato, quando há cerca de quatro anos começou a ouvir-se que um pequeno grupo de camponeses haviam formado uma associação de processadores de ostra (um molusco cefálico da familia dos Ostreídeos), cuja apanha era feita por si, nas águas do mar ao seu dispor e a partir disso, os rendimentos na economia familiar e local começaram a se fazerem sentir.Hoje, segundo nos confidenciou um residente, tudo o que vimos durante a nossa estadia de sete horas, tem como base tal iniciativa, desde as únicas duas barracas, as poucas casas cobertas de zinco, assim como, a roupa que as belas mulheres da aldeia vestiam."O nosso desenvolvimento começou com a comercialização da ostra, o nome da nossa aldeia comecou a ser ouvido, porque passamos a vender no Ibo e em Pemba, tudo isso impulsionados pelos projectos da Associação do Meio Ambiente, que trabalha com o Parque Nacional das Quirimbas", confirmou-nos Silvino Bahate, um fiscal do parque, ao mesmo tempo membro do Conselho Comunitário de Pesca.Trata-se, acima de tudo, duma aldeia de pescadores, actividade que ultimamente parece estar a ser relegada aos mais jovens, que regular e diariamente fazem-se ao mar para a faína, visto que, os pais ja têm outras tarefas que geram rendimento por via dos projectos da AMA, para o que agruparam-se conforme as respectivas inclinações. Mesmo assim, ainda há registo de 80 pescadores no activo.Por esta via, há em Messemuco 7 processadores de Ostra, 10 de mel, 8 associados cuja tarefa é criar condições para que os caranguejos fiquem gordos, 15 membros do Conselho Comunitário de Pesca e 18 do Conselho de Desenvolvimento Comunitário.Silvino Bahate volta a falar ao nosso jornal, desta vez como chefe da apicultura, actividade que em Messumuco iniciou em 2007, altura em que, de acordo com a nossa fonte, a produção era muito fraca, até que em 2009, com a aquisição do material de colheita apropriado, os níveis de produção cresceram."Nessa altutra conseguíamos apenas 17 litros por ano, mas hoje podemos dizer que evoluímos bastante. Por exemplo, na campanha de 2009/2010 conseguimos colher 33 litros e agora neste ano, que ainda está a começar, de Janeiro a Fevereiro, extraimos 50 litros de mel e se tudo correr bem, até ao fim gostaríamos de atingir a cifra de 150 litros ou mais", disse Silvino Bahate.A história do mel de Messumuco, cuja importância comercial veio depois da ostra, refere que se tratava de uma alternativa encontrada pela comunidade para a conservação do meio ambiente e fazer frente ao conflito homem/fauna bravia, pois as abelhas são também usadas para afugentar animais bravios, particularmente os elefantes, das zonas de cultivo e residenciais.As flores dos mangais e das florestas de Mussemuco são fonte para a obtenção daquele líquido rico em glicose que as abelhas formam, considerado 100 porcento puro, natural e com sabor exótico, razão porque hoje a aldeia tem mais um motivo de levar o seu nome para muitos pontos do país, e não só, por causa do "Mel de Messumuco", hoje processado com o recurso a mecanismos artesanais, mas nem por isso arcáicos.Um frasco de 650 mililitros de mel de Messumuco está a 150,00 MT, mas Silvino Bahate disse que o mercado, mormente localizado em Pemba e algumas empresas espalhadas pela provincia de Cabo Delgado, está longe de ficar saciado, o que se pode comprovar com o facto de nunca ter havido a necessidade de um trabalho de marketing para a sua colocação.CARANGUEJOS GORDOS DE MUSSEMUCO. Maputo, Sábado, 19 de Março de 2011:: Notícias É uma outra actividade que preenche o dia-a-dia associativo dos habitantes da aldeia de Mussemuco. São 8 cooperativistas que se entregam á tarefa de apanhar caranguejos com peso que vai ate 300 gramas, indo pó-los, a seguir, em quarentena em duas pequenas farmas, com 20 "cags"(gaiolas), cada, localizadas nos mangais da região, sem lhes tirar do seu habitat, de muito lodo e água abundante, conforme a maré.Os caranguejos, depois de isolados, um em cada gaiola, são alimentados de peixe, mas sobretudo de farelo de milho, de forma constante, até que, passados 25 dias aumentam o peso, podendo atingir entre 1.600kg a 1.800kg, cada, o que obviamente acrescenta o seu valor quando posto no mercado, onde se vende ao preço de 25,00 MT o quilo.Rashid Cachimo, supervisa a implementação e está a frente do ensino das novas técnicas que os projectos da AMA estão a introduzir no Arquipélago das Quirimbas. Para este caso concrecto teve que se formar na vizinha República da Tanzânia e hoje não precisa de estar presente para que a actividade tenha sucesso. O debate teórico prevalecente é se o facto da recolha dos pequenos caranguejos ocorrer nos mesmos lugares não poderão resultar num consumo excessivo, exercendo-se uma pressão sobre aquele crustáceo marinho, podendo, inclusive, desembocar num desequilíbrio ambiental, que contrarie a razão da existência da própria Associação do Meio Ambiente, por detrás da qual estão todas as iniciativas de Mussemuco.
Há ideias que sugerem um estudo mais pormenorizado, com o envolvimento do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira, provavelmente ao lado de estudantes univesitários, ora em formação na Universidade Lúrio, no seu Pólo de Cabo Delgado........Pedro Nacuo" FONTE JORNAL NOTICIAS.
Mas Mussemuco é basicamente uma aldeia de pescadores, que saiu do anonimato, quando há cerca de quatro anos começou a ouvir-se que um pequeno grupo de camponeses haviam formado uma associação de processadores de ostra (um molusco cefálico da familia dos Ostreídeos), cuja apanha era feita por si, nas águas do mar ao seu dispor e a partir disso, os rendimentos na economia familiar e local começaram a se fazerem sentir.Hoje, segundo nos confidenciou um residente, tudo o que vimos durante a nossa estadia de sete horas, tem como base tal iniciativa, desde as únicas duas barracas, as poucas casas cobertas de zinco, assim como, a roupa que as belas mulheres da aldeia vestiam."O nosso desenvolvimento começou com a comercialização da ostra, o nome da nossa aldeia comecou a ser ouvido, porque passamos a vender no Ibo e em Pemba, tudo isso impulsionados pelos projectos da Associação do Meio Ambiente, que trabalha com o Parque Nacional das Quirimbas", confirmou-nos Silvino Bahate, um fiscal do parque, ao mesmo tempo membro do Conselho Comunitário de Pesca.Trata-se, acima de tudo, duma aldeia de pescadores, actividade que ultimamente parece estar a ser relegada aos mais jovens, que regular e diariamente fazem-se ao mar para a faína, visto que, os pais ja têm outras tarefas que geram rendimento por via dos projectos da AMA, para o que agruparam-se conforme as respectivas inclinações. Mesmo assim, ainda há registo de 80 pescadores no activo.Por esta via, há em Messemuco 7 processadores de Ostra, 10 de mel, 8 associados cuja tarefa é criar condições para que os caranguejos fiquem gordos, 15 membros do Conselho Comunitário de Pesca e 18 do Conselho de Desenvolvimento Comunitário.Silvino Bahate volta a falar ao nosso jornal, desta vez como chefe da apicultura, actividade que em Messumuco iniciou em 2007, altura em que, de acordo com a nossa fonte, a produção era muito fraca, até que em 2009, com a aquisição do material de colheita apropriado, os níveis de produção cresceram."Nessa altutra conseguíamos apenas 17 litros por ano, mas hoje podemos dizer que evoluímos bastante. Por exemplo, na campanha de 2009/2010 conseguimos colher 33 litros e agora neste ano, que ainda está a começar, de Janeiro a Fevereiro, extraimos 50 litros de mel e se tudo correr bem, até ao fim gostaríamos de atingir a cifra de 150 litros ou mais", disse Silvino Bahate.A história do mel de Messumuco, cuja importância comercial veio depois da ostra, refere que se tratava de uma alternativa encontrada pela comunidade para a conservação do meio ambiente e fazer frente ao conflito homem/fauna bravia, pois as abelhas são também usadas para afugentar animais bravios, particularmente os elefantes, das zonas de cultivo e residenciais.As flores dos mangais e das florestas de Mussemuco são fonte para a obtenção daquele líquido rico em glicose que as abelhas formam, considerado 100 porcento puro, natural e com sabor exótico, razão porque hoje a aldeia tem mais um motivo de levar o seu nome para muitos pontos do país, e não só, por causa do "Mel de Messumuco", hoje processado com o recurso a mecanismos artesanais, mas nem por isso arcáicos.Um frasco de 650 mililitros de mel de Messumuco está a 150,00 MT, mas Silvino Bahate disse que o mercado, mormente localizado em Pemba e algumas empresas espalhadas pela provincia de Cabo Delgado, está longe de ficar saciado, o que se pode comprovar com o facto de nunca ter havido a necessidade de um trabalho de marketing para a sua colocação.CARANGUEJOS GORDOS DE MUSSEMUCO. Maputo, Sábado, 19 de Março de 2011:: Notícias É uma outra actividade que preenche o dia-a-dia associativo dos habitantes da aldeia de Mussemuco. São 8 cooperativistas que se entregam á tarefa de apanhar caranguejos com peso que vai ate 300 gramas, indo pó-los, a seguir, em quarentena em duas pequenas farmas, com 20 "cags"(gaiolas), cada, localizadas nos mangais da região, sem lhes tirar do seu habitat, de muito lodo e água abundante, conforme a maré.Os caranguejos, depois de isolados, um em cada gaiola, são alimentados de peixe, mas sobretudo de farelo de milho, de forma constante, até que, passados 25 dias aumentam o peso, podendo atingir entre 1.600kg a 1.800kg, cada, o que obviamente acrescenta o seu valor quando posto no mercado, onde se vende ao preço de 25,00 MT o quilo.Rashid Cachimo, supervisa a implementação e está a frente do ensino das novas técnicas que os projectos da AMA estão a introduzir no Arquipélago das Quirimbas. Para este caso concrecto teve que se formar na vizinha República da Tanzânia e hoje não precisa de estar presente para que a actividade tenha sucesso. O debate teórico prevalecente é se o facto da recolha dos pequenos caranguejos ocorrer nos mesmos lugares não poderão resultar num consumo excessivo, exercendo-se uma pressão sobre aquele crustáceo marinho, podendo, inclusive, desembocar num desequilíbrio ambiental, que contrarie a razão da existência da própria Associação do Meio Ambiente, por detrás da qual estão todas as iniciativas de Mussemuco.
Há ideias que sugerem um estudo mais pormenorizado, com o envolvimento do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira, provavelmente ao lado de estudantes univesitários, ora em formação na Universidade Lúrio, no seu Pólo de Cabo Delgado........Pedro Nacuo" FONTE JORNAL NOTICIAS.
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