"Moçambique: fortes níveis de crescimento, aliados aos extensos recursos naturais são a base para investir no país .30/10/2010. (Salim Abdula, presidente da CTA, durante a intervenção no painel “Moçambique: porta de entrada para a SADC” que contou ainda com Jamú Hassan (Mopac)). Há nove países da África Subsariana que viram as suas economias crescer mais de 100% na última década, entre as quais se encontra Moçambique. O investimento e as exportações africanas quadruplicaram nesse período, devido à procura de matérias-primas que as economias emergentes, como a China, precisam para o seu desenvolvimento. É com base nesses pressupostos que Vital Morgado, administrador da AICEP Portugal Global sustenta que "África não contribuiu para a crise actual, mas vai fazer parte da sua solução". Daí o apelo ao investimento português no país, como forma de diversificação de mercados de implantação de empresas nacionais, conferiu durante a conferência Business in Mozambique, que decorrem em Lisboa, capital portuguesa.
Portugal tem investimentos acumulados em Moçambique da ordem dos 700 milhões de dólares, com 45 projectos já implementados, "o que demonstra a confiança dos empresários portugueses na economia moçambicana", prosseguiu Vital Morgado. A vizinha África do Sul investiu, em termos acumulados, apenas 55 milhões de dólares e a China 30 milhões. O país (Moçambique) cresceu 8%, em média anual, na última década e é plataforma para um mercado de 250 milhões de consumidores da SADC. Estabilidade política faz de Moçambique um destino para investir". Apaixonei-me por Moçambique numas férias realizadas com amigos. Na altura, trabalhava numa empresa alemã e vi no país oportunidades fantásticas para investir, como primeira aventura empresarial", recorda Adolfo Correia, fundador e director-geral da Tropigalia, uma das principaia distribuidoraa de produtos alimentares portugueses no paísl. Com uma rede comercial disseminada por Moçambique, os 90 colaboradores da Tropigalia sustentam um negócio que começou pela indústria plástica e química e pela restauração e que apenas em 2005 se orientou decisivamente para a distribuição alimentar - com um crescimento de 72% até Outubro, em comparação homóloga. Todo o percurso empresarial foi feito sem "nunca ter estado em África, ou ter qualquer ligação familiar na região", acentua Adolfo Correia, na conferência Business in Mozambique, promovida na quinta-feira pelo Diário Económico em parceria com o País Económico, a Câmara do Comércio Moçambique-Portugal e a AIP.
Adolfo Correia aponta como causas do sucesso o conhecimento do mercado adquirido nos últimos 11 anos, "o crescimento sem vícios e a escolha criteriosa dos parceiros de negócio, suportada na continuidade, diferenciação, inovação e qualidade dos produtos oferecidos". Estes podem constituir os factores críticos de sucesso do investimento em Moçambique. O salto qualitativo que o país precisa de dar passa pela produção local de muitos dos produtos importados de Portugal e de outros países, reconhece Adolfo Correia. Para isso acontecer, o gestor apela à ida de investidores portugueses credíveis e com projectos sustentados, de forma a beneficiarem das condições de crédito de vários fundos dedicados ao país e do mercado alargado da SADC, composto por 15 países da região e um mercado de 250 milhões de pessoas. (RM/Diário Económico)" Fonte Rádio Moçambique.
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