"Comunidade moçambicana em Angola “é bastante Dinâmica”, embaixador António Matonse
12/08/2010
A comunidade moçambicana que vive em Angola é constituída por “gente séria, honesta e bastante dinâmica”.
São cerca de 500 moçambicanos que vivem naquele país rico em petróleo, entre os quais se destacam empresários, funcionários de agências das Nações Unidas, e outros que lá se fixaram por motivos matrimoniais.
O Embaixador moçambicano em Angola, António Matonse, disse recentemente que o dinamismo se reflecte de várias formas, destacando-se o lado profissional.
Segundo o diplomata, esta comunidade visita Moçambique regularmente e festeja os dias nacionais, como aconteceu no passado mês de Junho por ocasião dos 35 anos da independência.
A acção dos moçambicanos em Angola parece ir de encontro com a forma como este país tem vindo a emergir como potencia regional e mesmo continental.
Muinhe Bin Mufahaia é um exemplo de moçambicanos que se destacam profissionalmente em Angola.
Ele reside naquele país há sensivelmente uma década e hoje é Director Geral e sócio da “Ecointer, Lda”, uma empresa que desenvolve projectos no sector das aguas, e que fornece e instala sistemas de bombagem e tratamento de agua.
Em algumas províncias angolanas, como é o caso de Benguela, esta empresa opera na agricultura, principalmente na área de regadios.
De acordo com este moçambicano, nascido em Ressano Garcia, província de Maputo, Sul do país, há toda necessidade de se olhar para Angola como um mercado, para além de que os dois países podem muito bem explorar mutuamente várias áreas, tendo em conta a diversidade das experiências que cada um possui.
“Moçambique tem vantagem de vários anos de paz em relação a Angola. Nós podemos emprestar a este país muita coisa como por exemplo a gestão da paz e a instalação da administração estatal”, disse Mufahaia.
Ele enfatizou o facto de Angola ter a particularidade de dificilmente aparecerem moçambicanos ‘aventureiros’, afirmando ser pouco provável que haja concidadãos em situação ilegal ou a viverem mal.
A fonte disse que a vida em Angola é bastante aberta o que é bom para o consumidor.
“Aqui há tudo, desde o supermercado mais caro até ao mais barato. Comprar em Luanda não é fácil, porque é preciso saber onde fazer isso tendo em conta o bolso de cada um”, explicou Mufahaia.
Quanto aos voos directos ligando as cidades de Maputo e Luanda, através das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), Mufahaia disse ter sido uma medida tardia mas fantástica.
Segundo ele, voar directo para casa é de louvar, apesar de neste momento haver mais fluxo de angolanos a viajarem para Maputo do que o inverso.
Cristina Carimo é uma outra moçambicana que vive em Luanda, onde é proprietária de um restaurante.
Denominado “Manjares do Indico”, o restaurante da prioridade a gastronomia e bebidas moçambicanas.
A viver em Angola há cinco anos, Carimo diz ser difícil operar na hotelaria pois tudo é praticamente caro mas acredita que com um pouco de cuidado o “negócio acaba sendo rentável”.
Ela diz importar os produtos moçambicanos em pequenas quantidades devido aos custos e que as coisas ficaram mais facilitadas com a introdução de voos directos entre Maputo e Luanda. (AIM)" Fonte Rádio Moçambique.
Sem comentários:
Enviar um comentário