BROA DE AVINTES, MIKATE, ESPANHA, PORTUGAL E MOÇAMBIQUE
A primeira vez que vi um texto referir o Mikate, foi na obra de Frei João Santos que lhe chamou “Mocates”, página 52, em ETHIOPIA ORIENTAL, cuja obra o autor “Dedicou-a em 20 de Março de 1609 a D. Duarte, Marquez de Frechilla e de Mallagon que era bisneto do rei D.Manuel e do duque de Bragança D.Jayme.” Portugal esteve sob domínio de Espanha entre 1580 a 1640. Frei João Santos chegou a Moçambique, Sofala a 13 de Agosto de 1586, tendo tomado conhecimento deste tipo de pão.
Em Portugal e em Avintes, Vila Nova de Gaia, temos “As Quelimanes” uma família tradicional que produz há várias décadas a “broa de Avintes”, muito parecida com o Mikate que ainda hoje se produz em Tete e na Zambézia feito com farinha de ameixoeira, meixoeira, amechueyra, alpiste, sorghum, por estas denominações também conhecida. Ainda em “Notes e Documents, Paul E. H. Hair, Milho, Meixoeira and Other Foodstuffs of Sofala Garrison 1505 – 1525”.
Calane da Silva, Leonardo Júnior e Augusto Macedo Pinto em 1995 fizeram uma deslocação ao local da produção da Broa de Avintes pela família “As Quelimanes” e assistiram parcialmente ao seu modo de produção, mas segredos são segredos… E quanto à receita ficamos na mesma, mas que é boa é, venham prová-la. Um bom MIKATE, quem não gosta??? Mas a receita, lá estamos com outro segredo…
Que tal a criação com efeitos práticos de uma Associação MIKATE E BROA DE AVINTES? Fica o desafio!
Recordei-me entretanto, que MIKATE diz-se e tem o mesmo significado desde Moçambique a Angola, portanto há que alargar o âmbito da Associação.As minhas desculpas pelo lapso.
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