"Japão privilegia Corredor de Nacala
Akihiko Tanaka falava a jornalistas moçambicanos ontem, em Yokohama, no Japão, momentos após ter sido recebido em audiência pelo Chefe do Estado moçambicano, Armando Guebuza.Segundo ele, a JICA está a implementar vários projectos em Moçambique, mas a preferência por Nacala se deve ao facto de, entre outros aspectos, “ser um programa integrado de desenvolvimento regional, que inclui o melhoramento e desenvolvimento do Porto de Nacala, estradas, bem como o apoio ao programa de desenvolvimento da Agricultura (ProSavana) e os sectores da Saúde e Educação”.“Neste momento já nos comprometemos a desembolsar cerca de 250 milhões de dólares norte-americanos, mas as nossas actividades irão continuar e sempre que surgirem novos projectos o nosso financiamento vai aumentar”, disse.O presidente da JICA afirmou ainda ter expressado ao Chefe do Estado moçambicano o desejo da sua Agência de intervir no financiamento de outros sectores, como é o caso das agro-indústrias e na Saúde.De referir que o Presidente Armando Guebuza encontra-se no Japão a participar na Quinta Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento de África (TICAD V), a decorrer até a próxima segunda-feira.O Chefe do Estado moçambicano manteve igualmente encontro com Masami Iijima, presidente da Mitsui and Co. Ltd, que detém 20 por cento do projecto de gás no Bloco 1, da Área 1 da Bacia do Rovuma, que está a ser explorado pelo grupo norte-americano Anadarko Petroleum.“Manifestámos ao Presidente o desejo de contribuir também em outras áreas para o desenvolvimento de Moçambique. Nesse contexto, estamos igualmente a negociar um projecto de exploração de carvão mineral, para além de desejarmos trabalhar na construção de infra-estruturas, geração de energia a partir do gás natural e na produção de produtos químicos”, disse Masami Iijima.Shoji Muneoka, presidente e director executivo da Nippon Steel and Sumitomo Metal, detentora de 33,3 por cento das acções do projecto de carvão mineral de Revúboè, na província de Tete, foi outra personalidade recebida pelo Chefe do Estado moçambicano. “Juntamente com outros accionistas, gostaríamos de acelerar o desenvolvimento do projecto de Revúboè e com isso contribuir para o crescimento e desenvolvimento de Moçambique e gerar emprego. Projectámos para um futuro breve uma produção média anual de 5 milhões de toneladas de carvão por ano”, explicou Shoji Muneoka.Ainda ontem, o director-geral do Banco Japonês de Cooperação Internacional (JBIC), Fumio Hoshi, foi também recebido em audiência pelo estadista moçambicano.Em declarações a jornalistas, Fumio Hoshi disse ter abordado com o Presidente Guebuza vários assuntos, entre os quais os projectos de energia, gás natural e de carvão, o porto e os caminhos de ferro de Nacala e desenvolvimento da agricultura."Há empresas japonesas a participar nesses projectos e como Banco gostaríamos de dar um apoio financeiro para garantir o seu sucesso em parceria com o Governo de Moçambique.Paulo da Conceição, em Yokohama" FONTE JORNAL NOTICIAS.
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